terça-feira, 2 de março de 2010

Governo quer criar projeto de qualificação profissional do idoso

O secretário do Ministério do Trabalho, Luis Antônio de Medeiros, participou nesta segunda-feira (01/03) de um encontro com a diretoria da Associação dos Aposentados e Pensionistas do ABC. A reunião foi pautada por reivindicações, mas a principal delas diz respeito à criação de cursos de qualificação profissional que garantam condições para que os aposentados e pensionistas voltem ao mercado de trabalho.

Para o presidente da Associação, Benedito Marcílio Alves, aumentar as chances do idoso voltar a trabalhar é fundamental para que ele consiga complementar o valor recebido pela aposentoria, que muitas vezes não é suficiente para suprir todas as necessidades. “Infelizmente o idoso se vê obrigado a voltar a trabalhar porque a aposentadoria que recebe não é suficiente para pagar as contas de casa. Só o convênio médico e os remédios ocupam cerca de 30% ou 40% do orçamento”, lamenta.

Para Medeiros, o projeto também será importante para que os aposentados tenham ocupações durante o dia. O secretário afirma que, depois que o projeto for elaborado pela Associação instalada em Santo André, ele será apresentado ao Ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

“Elaborar um projeto de qualificação ideia do Benedito Marcílio. Acho a proposta muito boa porque o aposentado precisa se ocupar. A qualificação em algumas áreas mais leves poderá ser bom para os idosos. Esperamos que o projeto seja apresentado até o meio de março para que possamos levar isso ao ministro e ele coloque em execução o quanto antes”, completa.

Estima-se que só na região do ABC existam cerca de 400 mil aposentados e pensionistas. Segundo o presidente da Associação, no Brasil, mais de dois milhões de idosos continuam trabalhando mesmo depois de se aposentar.

Durante o encontro o representante do Governo Federal defendeu a aprovação da matéria que iguala o reajuste das aposentadorias e do salário mínimo. De acordo com a proposta que tramita em Brasília, o reajuste para todos os benefícios seria feito com base na inflação mais a variação total do PIB (Produto Interno Bruto).

O governo concorda com este índice apenas para os pagamentos equivalentes a um salário mínimo. Os valores superiores são reajustados apenas com a metade da variação do PIB. Este projeto está sendo debatido no congresso e a esperança é que seja aprovado em definitivo ainda este ano.

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