terça-feira, 2 de março de 2010

Terceira idade muda hábitos de consumo

Eles dispõem de tempo para se dedicar às compras, vão ao supermercado pelo menos cinco vezes por semana e, segundo pesquisa feita pela GFK, possuem potencial de consumo de R$ 7,5 bilhões, o dobro da média nacional. Mesmo com todas essas características, os consumidores da terceira idade ainda passam despercebidos diante dos olhos do mercado, que não costuma traçar estratégias específicas para atrair esse perfil que, ao contrário do que se pensa, não é nada conservador em seus hábitos de consumo.

O Brasil conta hoje com 19 milhões de idosos, faixa etária que mais cresce no país, segundo pesquisa realizada em 2009 pelo IBGE. Eles despontam como um novo filão para empresas de produtos e serviços, pois 80% desse grupo recebe aposentadorias e pensões, além de ter obtido uma melhoria de renda nos últimos 10 anos. O perfil do idoso brasileiro mostra que ele está mais planejado em relação às compras. Pesquisa do Datafolha publicada em 2008 revela que 72% dos idosos saem de casa todos os dias. Além disso, eles sempre pedem uma segunda opinião antes de escolher determinado produto.

“Muitos dados vêm mostrando que o idoso de todas as classes está com um maior poder de compra, além de querer aproveitar mais a vida. Isso se vê principalmente nas classes mais abastadas. A indústria automobilística, por exemplo, tem notado esse crescimento e investiu em profissionais treinados para atender esses clientes”, conta Gilberto Cavicchioli, professor do Núcleo de Gestão de Pessoas da ESPM, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O segredo está no acompanhante
O mercado de cosméticos, o setor bancário e as instituições de ensino já começam a ver um mercado promissor no público acima dos 65 anos. Tanto que estão investindo mais nos pontos-de-venda e nos programas de fidelização, pois sabem que os idosos gostam de ser reconhecidos como bons clientes.

Na hora de comprar, muitos deles não escolhem sozinhos o que vão colocar na sacola. Por isso, é preciso, de acordo com especialista da ESPM, traçar uma estratégia que inclua nas ações de marketing aqueles que influenciam na tomada de decisão. “O idoso não é esbanjador e, em geral, gosta de companhia. É preciso identificar quem o acompanha no momento da escolha do produto e incluí-lo no planejamento da ação. Muitas vezes é o amigo, neto ou filho, por exemplo, quem vai diz se ele deve ou não levar o produto, diz Cavicchioli.

Mas é preciso tomar cuidado na abordagem. A aproximação de venda deve valorizar o produto ou serviço que priorize sua liberdade. É importante que a loja entenda a terceira idade no contato visual. “O banco é um acontecimento importante na rotina do idoso. Ele gosta de estar inserido na modernidade, embora ainda tenha certo temor. O lazer, muitas vezes, é sair para realizar serviços cotidianos como o pagamento de contas e compras no supermercado. Mas para lançar estratégias para esse público é preciso levar em consideração algumas especificidades. Não é ressaltando suas deficiências que uma marca vai conseguir conquistá-lo”, ressalta o pesquisador.

Internet muda perfil
Os números divulgados pela Datafolha em 2008 mostram que apenas 5% dos idosos têm acesso a internet no Brasil. Entretanto, a rede mundial de computadores tem sido responsável por uma mudança no ponto de vista dessa classe. O consenso de lealdade às marcas que antes era atribuído a essa faixa etária vem se quebrando ao longo do tempo, embora grande parte da população acima dos 65 anos ainda mantenha preferência por determinados produtos. O que se vê é que quanto mais acesso à informação tem o idoso, mais aberto ele se torna a novas experiências.

“Os que se informam mais estão mais dispostos a mudanças. Conhecer as necessidades deste público é a peça chave para uma iniciativa mercadológica eficaz”, analisa Claudio Felisoni, especialista em comportamento de consumo da Fia, em entrevista ao site, ressaltando que a expectativa de vida desse segmento subiu de 63 anos na década de 80 para 72 anos. Hoje, eles já representam 20% da população economicamente ativa.

O Programa de Administração e Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (Fia) e a Canal Varejo levantaram dados sobre essa mudança de comportamento. A pesquisa Perfil e Hábitos de Consumo na Terceira Idade, atualizada no último ano, ouviu 500 paulistanos de cinco diferentes regiões da cidade e comprovou que 54% dos entrevistados admitiram experimentar novas marcas. Além disso, 20% desses idosos associaram as compras a uma atividade de lazer.

Personagens fora do comum
“Uma das coisas que mais me surpreendeu foi o fato de os idosos não estarem mais tão conservadores. Além disso, o mercado está, pouco a pouco, percebendo o grande potencial de consumo desse grupo etário, que também é um agente modificador. As filas preferenciais nos bancos, os pacotes de turismo especializados para a terceira idade são um sinal de que o comércio em geral já está começando a ver os idosos com outros olhos”, conta o especialista da FIA.

A aposentada Maria Alice Botelho, de 62 anos, se encaixa no perfil pesquisado pela instituição paulistana. Ela vai ao supermercado pelo menos seis vezes na semana e revela que sempre procura experimentar novas marcas. Além disso, é frequentadora assídua de shopping centers, que ela afirma ser uma boa distração para os momentos de ócio.

“Minha ocupação hoje em dia é passear e curtir a vida porque eu já trabalhei muito. Venho ao shopping com certa frequência, não só para comprar roupas, calçados e livros como também para me distrair, ver pessoas. Ele é um ponto de referência pra mim. Minha última compra foi um par de sapatos para minha sobrinha. Ele estava com um ótimo preço e quem comprasse dois ganhava desconto. Acabei levando um para mim”, resume a aposentada, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Já Nelson Pereira garante que 70% das funções que realiza hoje em dia estão relacionadas a operações bancárias e que geralmente usa os bancos de shopping centers por achar mais cômodos e seguros. Mas o aposentado de 70 anos confessa que, entre o pagamento de uma conta e outra, sempre confere os lançamentos das livrarias, além de ver as vitrines das lojas de produtos eletrônicos.

“Gosto muito de livros e também tenho interesse em tecnologia. Mas a gente acaba não tendo tempo para aprender tanta coisa nova que aparece por aí em termos de eletrônicos. O nosso HD já está meio ocupado com filhos e netos”, resume o engenheiro químico.

Eles dispõem de tempo para se dedicar às compras, vão ao supermercado pelo menos cinco vezes por semana e, segundo pesquisa feita pela GFK, possuem potencial de consumo de R$ 7,5 bilhões, o dobro da média nacional. Mesmo com todas essas características, os consumidores da terceira idade ainda passam despercebidos diante dos olhos do mercado, que não costuma traçar estratégias específicas para atrair esse perfil que, ao contrário do que se pensa, não é nada conservador em seus hábitos de consumo.

O Brasil conta hoje com 19 milhões de idosos, faixa etária que mais cresce no país, segundo pesquisa realizada em 2009 pelo IBGE. Eles despontam como um novo filão para empresas de produtos e serviços, pois 80% desse grupo recebe aposentadorias e pensões, além de ter obtido uma melhoria de renda nos últimos 10 anos. O perfil do idoso brasileiro mostra que ele está mais planejado em relação às compras. Pesquisa do Datafolha publicada em 2008 revela que 72% dos idosos saem de casa todos os dias. Além disso, eles sempre pedem uma segunda opinião antes de escolher determinado produto.

“Muitos dados vêm mostrando que o idoso de todas as classes está com um maior poder de compra, além de querer aproveitar mais a vida. Isso se vê principalmente nas classes mais abastadas. A indústria automobilística, por exemplo, tem notado esse crescimento e investiu em profissionais treinados para atender esses clientes”, conta Gilberto Cavicchioli, professor do Núcleo de Gestão de Pessoas da ESPM, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O segredo está no acompanhante
O mercado de cosméticos, o setor bancário e as instituições de ensino já começam a ver um mercado promissor no público acima dos 65 anos. Tanto que estão investindo mais nos pontos-de-venda e nos programas de fidelização, pois sabem que os idosos gostam de ser reconhecidos como bons clientes.

Na hora de comprar, muitos deles não escolhem sozinhos o que vão colocar na sacola. Por isso, é preciso, de acordo com especialista da ESPM, traçar uma estratégia que inclua nas ações de marketing aqueles que influenciam na tomada de decisão. “O idoso não é esbanjador e, em geral, gosta de companhia. É preciso identificar quem o acompanha no momento da escolha do produto e incluí-lo no planejamento da ação. Muitas vezes é o amigo, neto ou filho, por exemplo, quem vai diz se ele deve ou não levar o produto, diz Cavicchioli.

Mas é preciso tomar cuidado na abordagem. A aproximação de venda deve valorizar o produto ou serviço que priorize sua liberdade. É importante que a loja entenda a terceira idade no contato visual. “O banco é um acontecimento importante na rotina do idoso. Ele gosta de estar inserido na modernidade, embora ainda tenha certo temor. O lazer, muitas vezes, é sair para realizar serviços cotidianos como o pagamento de contas e compras no supermercado. Mas para lançar estratégias para esse público é preciso levar em consideração algumas especificidades. Não é ressaltando suas deficiências que uma marca vai conseguir conquistá-lo”, ressalta o pesquisador.

Fonte: MADIAMUNDOMARKETING

Existe sim qualidade de vida na terceira idade

Bailes, passeios, caminhadas e daí por diante. A preocupação com saúde e qualidade de vida tem aumentado a expectativa de vida da terceira idade

Jogar dominó e tricotar não é mais a atividade preferida dos vovôs e vovós. Imagens de septuagenários pulando de paraquedas e lançando-se por uma corda ponte abaixo provam que os hobbies da chamada "melhor idade" não estão tão tranquilos e monótonos quanto eram algumas décadas atrás.
Hoje é o Dia Nacional dos Idosos e as comemorações devem ser mais alegres ainda, pois a expectativa de vida dos brasileiros aumenta a cada estudo. Por esse motivo, o termo velho, idoso ou mesmo o arraigado terceira idade estão perdendo o seu sentido e já não podem ter espaço dentro do vocabulário. Você chamaria de idoso, alguém que tem coragem de pular de paraquedas, por exemplo?
Em Francisco Beltrão, ainda, a melhor idade não se arriscou em atividades com mais adrenalina. Mas bailes, passeios, caminhadas e outras atividades, mostram que ficar em casa é a última coisa que eles querem. "A realização destes eventos trouxe uma nova energia aos 'idosos", analisa a secretária de Ação Social, Lourdes Arruda. "A secretaria, em parceria com a sociedade civil, promove todos estes eventos com o objetivo de trazer ainda mais qualidade de vida à terceira idade", conta.
A secretária lembra ainda a implantação das Academias de Terceira Idade, que trouxeram a importância da atividade física para os senhores e senhoras. Hoje, são seis academias implantadas no município; a prefeitura estuda a colocação de mais uma, no bairro Cango.

Programa de apoio à pessoa idosa
A secretaria possui um programa de apoio à pessoa idosa. São eles, os grupos de convivência, Centro de Convivência do Idoso e Condomínio do Idoso. "O Condomínio propicia uma alternativa de moradia à população idosa carente, respeitando suas necessidades básicas, de modo que possam participar do grupo de forma comunitária, dividindo as tarefas do condomínio, com funcionamento em regime aberto", explica a secretária.
O condomínio possui 18 casas, onde moram 28 idosos.

Idosos brasileiros estão com a saúde mais frágil

A saúde do idoso brasileiro está cada vez mais frágil. Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), com mais de 600 pessoas na faixa dos 75 anos na capital paulista, constatou que a saúde dos idosos vai mal no Brasil e que sintomas como perda de peso involuntária, fadiga, fraqueza, diminuição da velocidade de caminhada e baixa atividade física têm se tornado comuns.
De acordo com a pesquisa, em 2006, a síndrome da fragilidade, como foi chamada pelos médicos, atingia 14,1% do grupo. Em 2008, apenas dois anos depois, a prevalência já era de mais de 45%.
Tais sintomas costumam atingir a população acima dos 60 anos e se agrava ainda mais após os 75 anos, quando avança com extrema rapidez.
Entre os idosos considerados frágeis, visitados em 2008, uma parcela de 46,9% sofreu quedas, contra 6% dos não-frágeis. Entre os idosos frágeis, que sofreram quedas, 53,5% foram hospitalizados.
Desses, 50% procuraram serviços de urgência. Entre o grupo de idosos frágeis, 30,6% mostraram necessidade de ter um cuidador, pois não conseguiam realizar sozinhos tarefas como comer, tomar banho ou levantar-se de uma cadeira.
A conclusão é de que a ausência dessas características indica que a pessoa não é frágil. A presença de uma ou duas delas caracteriza a condição de pré-fragilidade - e entende-se que esse é o momento para uma intervenção.
Três ou mais sintomas indicam que a pessoa é frágil e precisa de ajuda.
Os pesquisadores explicam que a síndrome acontece porque a pessoa nessa faixa etária, em geral, come menos, tem perda do paladar e possui menos gasto energético.
O idoso também tem menos massa muscular e, com isso, cansa com facilidade e anda muito devagar, o que lhe impossibilita de praticar atividades físicas com regularidade.
Para os pesquisadores, outro problema da saúde dos idosos no Brasil ocorre em função da falta de planejamento das metas de saúde estipuladas. Segundo eles, não adianta trabalhar para que as pessoas vivam mais se não há qualidade de vida.


Fonte: Minha Vida

Governo quer criar projeto de qualificação profissional do idoso

O secretário do Ministério do Trabalho, Luis Antônio de Medeiros, participou nesta segunda-feira (01/03) de um encontro com a diretoria da Associação dos Aposentados e Pensionistas do ABC. A reunião foi pautada por reivindicações, mas a principal delas diz respeito à criação de cursos de qualificação profissional que garantam condições para que os aposentados e pensionistas voltem ao mercado de trabalho.

Para o presidente da Associação, Benedito Marcílio Alves, aumentar as chances do idoso voltar a trabalhar é fundamental para que ele consiga complementar o valor recebido pela aposentoria, que muitas vezes não é suficiente para suprir todas as necessidades. “Infelizmente o idoso se vê obrigado a voltar a trabalhar porque a aposentadoria que recebe não é suficiente para pagar as contas de casa. Só o convênio médico e os remédios ocupam cerca de 30% ou 40% do orçamento”, lamenta.

Para Medeiros, o projeto também será importante para que os aposentados tenham ocupações durante o dia. O secretário afirma que, depois que o projeto for elaborado pela Associação instalada em Santo André, ele será apresentado ao Ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

“Elaborar um projeto de qualificação ideia do Benedito Marcílio. Acho a proposta muito boa porque o aposentado precisa se ocupar. A qualificação em algumas áreas mais leves poderá ser bom para os idosos. Esperamos que o projeto seja apresentado até o meio de março para que possamos levar isso ao ministro e ele coloque em execução o quanto antes”, completa.

Estima-se que só na região do ABC existam cerca de 400 mil aposentados e pensionistas. Segundo o presidente da Associação, no Brasil, mais de dois milhões de idosos continuam trabalhando mesmo depois de se aposentar.

Durante o encontro o representante do Governo Federal defendeu a aprovação da matéria que iguala o reajuste das aposentadorias e do salário mínimo. De acordo com a proposta que tramita em Brasília, o reajuste para todos os benefícios seria feito com base na inflação mais a variação total do PIB (Produto Interno Bruto).

O governo concorda com este índice apenas para os pagamentos equivalentes a um salário mínimo. Os valores superiores são reajustados apenas com a metade da variação do PIB. Este projeto está sendo debatido no congresso e a esperança é que seja aprovado em definitivo ainda este ano.

Senado aprova isenção do IR para aposentados com mais de 60 anos - Diário do Grande ABC

A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou nesta terça-feira um projeto que isenta aposentados com mais de 60 anos com rendimentos de até R$ 1.434,59 de pagar Imposto de Renda. Atualmente, o benefício se aplica a idosos acima dos 65 anos com aposentadoria da Previdência Social ou previdência complementar. Aqueles que recebem acima de R$ 1,4 mil pagarão IR sobre a quantia recebida a mais.

O projeto segue agora para a Câmara de Deputados, a menos que haja algum recurso para votação em plenário do Senado. O objetivo do projeto - de autoria do senador César Borges - é ajustar a legislação fiscal ao Estatuto do Idoso.

Para justificar sua iniciativa, Borges argumenta que a isenção parcial hoje prevista na legislação do IR tem por objetivo auxiliar o idoso nas necessidades da terceira idade. O relator, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), afirma que o projeto é meritório por eliminar dualidade injustificada nos parâmetros usados na definição de idoso.