quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A arte de envelhecer

Rugas mostram a essência da vida

Como viver e conviver bem com a maturidade e o envelhecimento, tanto o nosso próprio quanto o dos outros? Esta é a pergunta-chave que alguns dos maiores pesquisadores da Gerontologia e Geriatria da América Latina respondem no livro Ame todas as suas idades, que está sendo lançado este mês.

Envelhecer pode ser uma arte ou uma tragédia, depende muito do ponto de vista que analisarmos a nossa própria vida e suas conjunturas – diz Rosane Magaly Martins, presidente da ONG Ame Suas Rugas, idealizadora do livro.

Os 13 especialistas que assinam a obra são enfáticos: o idoso precisa, tem o direito e o dever de viver este momento de sua vida em toda plenitude.

Precisamos aprender a viver com 10, 20, 40, 80 ou 100 anos. Precisamos entender que envelhecer é uma tarefa de vida e que deve ser assumida como tal – ressalta Rosane.

Pós-graduada em Gerontologia, a especialista diz que o idoso precisa ser visto com um novo olhar, como um ser ativo, com opinião própria, com potencial de consumo, com atitude, com histórico e com todas as rugas que a vida encravou em seus rostos.

Rugas que demonstram muito mais do que um envelhecimento biológico. Mostram a essência de vida de cada um de nós.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

SP: concurso do mais belo idoso define os finalistas - Diário do Grande ABC

Foram definidos nesta segunda-feira os 25 finalistas do concurso que irá eleger o mais belo idoso da Capital paulista em evento da Secretaria de Estado da Saúde realizado no IPGG (Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia), em São Miguel Paulista, Zona Leste. A final será realizada na quinta-feira (05).

Além do Mister Terceira Idade, serão premiados os idosos vencedores nas categorias Elegância, Simpatia, Sorriso e Timidez, todos com 60 anos de idade ou mais.

A final contará com Marlene Fernandes Mazzeo, ganhadora da edição 2010 do Miss Terceira Idade (mais bela idosa de São Paulo), como jurada. O vencedor do Mister Terceira Idade de 2009, Laudemiro Ribeiro Miro de Souza, 61 anos, também estará presente para passar a faixa para o grande vencedor. A seleção musical será composta por canções dos anos 60.

terça-feira, 2 de março de 2010

Terceira idade muda hábitos de consumo

Eles dispõem de tempo para se dedicar às compras, vão ao supermercado pelo menos cinco vezes por semana e, segundo pesquisa feita pela GFK, possuem potencial de consumo de R$ 7,5 bilhões, o dobro da média nacional. Mesmo com todas essas características, os consumidores da terceira idade ainda passam despercebidos diante dos olhos do mercado, que não costuma traçar estratégias específicas para atrair esse perfil que, ao contrário do que se pensa, não é nada conservador em seus hábitos de consumo.

O Brasil conta hoje com 19 milhões de idosos, faixa etária que mais cresce no país, segundo pesquisa realizada em 2009 pelo IBGE. Eles despontam como um novo filão para empresas de produtos e serviços, pois 80% desse grupo recebe aposentadorias e pensões, além de ter obtido uma melhoria de renda nos últimos 10 anos. O perfil do idoso brasileiro mostra que ele está mais planejado em relação às compras. Pesquisa do Datafolha publicada em 2008 revela que 72% dos idosos saem de casa todos os dias. Além disso, eles sempre pedem uma segunda opinião antes de escolher determinado produto.

“Muitos dados vêm mostrando que o idoso de todas as classes está com um maior poder de compra, além de querer aproveitar mais a vida. Isso se vê principalmente nas classes mais abastadas. A indústria automobilística, por exemplo, tem notado esse crescimento e investiu em profissionais treinados para atender esses clientes”, conta Gilberto Cavicchioli, professor do Núcleo de Gestão de Pessoas da ESPM, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O segredo está no acompanhante
O mercado de cosméticos, o setor bancário e as instituições de ensino já começam a ver um mercado promissor no público acima dos 65 anos. Tanto que estão investindo mais nos pontos-de-venda e nos programas de fidelização, pois sabem que os idosos gostam de ser reconhecidos como bons clientes.

Na hora de comprar, muitos deles não escolhem sozinhos o que vão colocar na sacola. Por isso, é preciso, de acordo com especialista da ESPM, traçar uma estratégia que inclua nas ações de marketing aqueles que influenciam na tomada de decisão. “O idoso não é esbanjador e, em geral, gosta de companhia. É preciso identificar quem o acompanha no momento da escolha do produto e incluí-lo no planejamento da ação. Muitas vezes é o amigo, neto ou filho, por exemplo, quem vai diz se ele deve ou não levar o produto, diz Cavicchioli.

Mas é preciso tomar cuidado na abordagem. A aproximação de venda deve valorizar o produto ou serviço que priorize sua liberdade. É importante que a loja entenda a terceira idade no contato visual. “O banco é um acontecimento importante na rotina do idoso. Ele gosta de estar inserido na modernidade, embora ainda tenha certo temor. O lazer, muitas vezes, é sair para realizar serviços cotidianos como o pagamento de contas e compras no supermercado. Mas para lançar estratégias para esse público é preciso levar em consideração algumas especificidades. Não é ressaltando suas deficiências que uma marca vai conseguir conquistá-lo”, ressalta o pesquisador.

Internet muda perfil
Os números divulgados pela Datafolha em 2008 mostram que apenas 5% dos idosos têm acesso a internet no Brasil. Entretanto, a rede mundial de computadores tem sido responsável por uma mudança no ponto de vista dessa classe. O consenso de lealdade às marcas que antes era atribuído a essa faixa etária vem se quebrando ao longo do tempo, embora grande parte da população acima dos 65 anos ainda mantenha preferência por determinados produtos. O que se vê é que quanto mais acesso à informação tem o idoso, mais aberto ele se torna a novas experiências.

“Os que se informam mais estão mais dispostos a mudanças. Conhecer as necessidades deste público é a peça chave para uma iniciativa mercadológica eficaz”, analisa Claudio Felisoni, especialista em comportamento de consumo da Fia, em entrevista ao site, ressaltando que a expectativa de vida desse segmento subiu de 63 anos na década de 80 para 72 anos. Hoje, eles já representam 20% da população economicamente ativa.

O Programa de Administração e Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (Fia) e a Canal Varejo levantaram dados sobre essa mudança de comportamento. A pesquisa Perfil e Hábitos de Consumo na Terceira Idade, atualizada no último ano, ouviu 500 paulistanos de cinco diferentes regiões da cidade e comprovou que 54% dos entrevistados admitiram experimentar novas marcas. Além disso, 20% desses idosos associaram as compras a uma atividade de lazer.

Personagens fora do comum
“Uma das coisas que mais me surpreendeu foi o fato de os idosos não estarem mais tão conservadores. Além disso, o mercado está, pouco a pouco, percebendo o grande potencial de consumo desse grupo etário, que também é um agente modificador. As filas preferenciais nos bancos, os pacotes de turismo especializados para a terceira idade são um sinal de que o comércio em geral já está começando a ver os idosos com outros olhos”, conta o especialista da FIA.

A aposentada Maria Alice Botelho, de 62 anos, se encaixa no perfil pesquisado pela instituição paulistana. Ela vai ao supermercado pelo menos seis vezes na semana e revela que sempre procura experimentar novas marcas. Além disso, é frequentadora assídua de shopping centers, que ela afirma ser uma boa distração para os momentos de ócio.

“Minha ocupação hoje em dia é passear e curtir a vida porque eu já trabalhei muito. Venho ao shopping com certa frequência, não só para comprar roupas, calçados e livros como também para me distrair, ver pessoas. Ele é um ponto de referência pra mim. Minha última compra foi um par de sapatos para minha sobrinha. Ele estava com um ótimo preço e quem comprasse dois ganhava desconto. Acabei levando um para mim”, resume a aposentada, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Já Nelson Pereira garante que 70% das funções que realiza hoje em dia estão relacionadas a operações bancárias e que geralmente usa os bancos de shopping centers por achar mais cômodos e seguros. Mas o aposentado de 70 anos confessa que, entre o pagamento de uma conta e outra, sempre confere os lançamentos das livrarias, além de ver as vitrines das lojas de produtos eletrônicos.

“Gosto muito de livros e também tenho interesse em tecnologia. Mas a gente acaba não tendo tempo para aprender tanta coisa nova que aparece por aí em termos de eletrônicos. O nosso HD já está meio ocupado com filhos e netos”, resume o engenheiro químico.

Eles dispõem de tempo para se dedicar às compras, vão ao supermercado pelo menos cinco vezes por semana e, segundo pesquisa feita pela GFK, possuem potencial de consumo de R$ 7,5 bilhões, o dobro da média nacional. Mesmo com todas essas características, os consumidores da terceira idade ainda passam despercebidos diante dos olhos do mercado, que não costuma traçar estratégias específicas para atrair esse perfil que, ao contrário do que se pensa, não é nada conservador em seus hábitos de consumo.

O Brasil conta hoje com 19 milhões de idosos, faixa etária que mais cresce no país, segundo pesquisa realizada em 2009 pelo IBGE. Eles despontam como um novo filão para empresas de produtos e serviços, pois 80% desse grupo recebe aposentadorias e pensões, além de ter obtido uma melhoria de renda nos últimos 10 anos. O perfil do idoso brasileiro mostra que ele está mais planejado em relação às compras. Pesquisa do Datafolha publicada em 2008 revela que 72% dos idosos saem de casa todos os dias. Além disso, eles sempre pedem uma segunda opinião antes de escolher determinado produto.

“Muitos dados vêm mostrando que o idoso de todas as classes está com um maior poder de compra, além de querer aproveitar mais a vida. Isso se vê principalmente nas classes mais abastadas. A indústria automobilística, por exemplo, tem notado esse crescimento e investiu em profissionais treinados para atender esses clientes”, conta Gilberto Cavicchioli, professor do Núcleo de Gestão de Pessoas da ESPM, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O segredo está no acompanhante
O mercado de cosméticos, o setor bancário e as instituições de ensino já começam a ver um mercado promissor no público acima dos 65 anos. Tanto que estão investindo mais nos pontos-de-venda e nos programas de fidelização, pois sabem que os idosos gostam de ser reconhecidos como bons clientes.

Na hora de comprar, muitos deles não escolhem sozinhos o que vão colocar na sacola. Por isso, é preciso, de acordo com especialista da ESPM, traçar uma estratégia que inclua nas ações de marketing aqueles que influenciam na tomada de decisão. “O idoso não é esbanjador e, em geral, gosta de companhia. É preciso identificar quem o acompanha no momento da escolha do produto e incluí-lo no planejamento da ação. Muitas vezes é o amigo, neto ou filho, por exemplo, quem vai diz se ele deve ou não levar o produto, diz Cavicchioli.

Mas é preciso tomar cuidado na abordagem. A aproximação de venda deve valorizar o produto ou serviço que priorize sua liberdade. É importante que a loja entenda a terceira idade no contato visual. “O banco é um acontecimento importante na rotina do idoso. Ele gosta de estar inserido na modernidade, embora ainda tenha certo temor. O lazer, muitas vezes, é sair para realizar serviços cotidianos como o pagamento de contas e compras no supermercado. Mas para lançar estratégias para esse público é preciso levar em consideração algumas especificidades. Não é ressaltando suas deficiências que uma marca vai conseguir conquistá-lo”, ressalta o pesquisador.

Fonte: MADIAMUNDOMARKETING

Existe sim qualidade de vida na terceira idade

Bailes, passeios, caminhadas e daí por diante. A preocupação com saúde e qualidade de vida tem aumentado a expectativa de vida da terceira idade

Jogar dominó e tricotar não é mais a atividade preferida dos vovôs e vovós. Imagens de septuagenários pulando de paraquedas e lançando-se por uma corda ponte abaixo provam que os hobbies da chamada "melhor idade" não estão tão tranquilos e monótonos quanto eram algumas décadas atrás.
Hoje é o Dia Nacional dos Idosos e as comemorações devem ser mais alegres ainda, pois a expectativa de vida dos brasileiros aumenta a cada estudo. Por esse motivo, o termo velho, idoso ou mesmo o arraigado terceira idade estão perdendo o seu sentido e já não podem ter espaço dentro do vocabulário. Você chamaria de idoso, alguém que tem coragem de pular de paraquedas, por exemplo?
Em Francisco Beltrão, ainda, a melhor idade não se arriscou em atividades com mais adrenalina. Mas bailes, passeios, caminhadas e outras atividades, mostram que ficar em casa é a última coisa que eles querem. "A realização destes eventos trouxe uma nova energia aos 'idosos", analisa a secretária de Ação Social, Lourdes Arruda. "A secretaria, em parceria com a sociedade civil, promove todos estes eventos com o objetivo de trazer ainda mais qualidade de vida à terceira idade", conta.
A secretária lembra ainda a implantação das Academias de Terceira Idade, que trouxeram a importância da atividade física para os senhores e senhoras. Hoje, são seis academias implantadas no município; a prefeitura estuda a colocação de mais uma, no bairro Cango.

Programa de apoio à pessoa idosa
A secretaria possui um programa de apoio à pessoa idosa. São eles, os grupos de convivência, Centro de Convivência do Idoso e Condomínio do Idoso. "O Condomínio propicia uma alternativa de moradia à população idosa carente, respeitando suas necessidades básicas, de modo que possam participar do grupo de forma comunitária, dividindo as tarefas do condomínio, com funcionamento em regime aberto", explica a secretária.
O condomínio possui 18 casas, onde moram 28 idosos.

Idosos brasileiros estão com a saúde mais frágil

A saúde do idoso brasileiro está cada vez mais frágil. Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), com mais de 600 pessoas na faixa dos 75 anos na capital paulista, constatou que a saúde dos idosos vai mal no Brasil e que sintomas como perda de peso involuntária, fadiga, fraqueza, diminuição da velocidade de caminhada e baixa atividade física têm se tornado comuns.
De acordo com a pesquisa, em 2006, a síndrome da fragilidade, como foi chamada pelos médicos, atingia 14,1% do grupo. Em 2008, apenas dois anos depois, a prevalência já era de mais de 45%.
Tais sintomas costumam atingir a população acima dos 60 anos e se agrava ainda mais após os 75 anos, quando avança com extrema rapidez.
Entre os idosos considerados frágeis, visitados em 2008, uma parcela de 46,9% sofreu quedas, contra 6% dos não-frágeis. Entre os idosos frágeis, que sofreram quedas, 53,5% foram hospitalizados.
Desses, 50% procuraram serviços de urgência. Entre o grupo de idosos frágeis, 30,6% mostraram necessidade de ter um cuidador, pois não conseguiam realizar sozinhos tarefas como comer, tomar banho ou levantar-se de uma cadeira.
A conclusão é de que a ausência dessas características indica que a pessoa não é frágil. A presença de uma ou duas delas caracteriza a condição de pré-fragilidade - e entende-se que esse é o momento para uma intervenção.
Três ou mais sintomas indicam que a pessoa é frágil e precisa de ajuda.
Os pesquisadores explicam que a síndrome acontece porque a pessoa nessa faixa etária, em geral, come menos, tem perda do paladar e possui menos gasto energético.
O idoso também tem menos massa muscular e, com isso, cansa com facilidade e anda muito devagar, o que lhe impossibilita de praticar atividades físicas com regularidade.
Para os pesquisadores, outro problema da saúde dos idosos no Brasil ocorre em função da falta de planejamento das metas de saúde estipuladas. Segundo eles, não adianta trabalhar para que as pessoas vivam mais se não há qualidade de vida.


Fonte: Minha Vida

Governo quer criar projeto de qualificação profissional do idoso

O secretário do Ministério do Trabalho, Luis Antônio de Medeiros, participou nesta segunda-feira (01/03) de um encontro com a diretoria da Associação dos Aposentados e Pensionistas do ABC. A reunião foi pautada por reivindicações, mas a principal delas diz respeito à criação de cursos de qualificação profissional que garantam condições para que os aposentados e pensionistas voltem ao mercado de trabalho.

Para o presidente da Associação, Benedito Marcílio Alves, aumentar as chances do idoso voltar a trabalhar é fundamental para que ele consiga complementar o valor recebido pela aposentoria, que muitas vezes não é suficiente para suprir todas as necessidades. “Infelizmente o idoso se vê obrigado a voltar a trabalhar porque a aposentadoria que recebe não é suficiente para pagar as contas de casa. Só o convênio médico e os remédios ocupam cerca de 30% ou 40% do orçamento”, lamenta.

Para Medeiros, o projeto também será importante para que os aposentados tenham ocupações durante o dia. O secretário afirma que, depois que o projeto for elaborado pela Associação instalada em Santo André, ele será apresentado ao Ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

“Elaborar um projeto de qualificação ideia do Benedito Marcílio. Acho a proposta muito boa porque o aposentado precisa se ocupar. A qualificação em algumas áreas mais leves poderá ser bom para os idosos. Esperamos que o projeto seja apresentado até o meio de março para que possamos levar isso ao ministro e ele coloque em execução o quanto antes”, completa.

Estima-se que só na região do ABC existam cerca de 400 mil aposentados e pensionistas. Segundo o presidente da Associação, no Brasil, mais de dois milhões de idosos continuam trabalhando mesmo depois de se aposentar.

Durante o encontro o representante do Governo Federal defendeu a aprovação da matéria que iguala o reajuste das aposentadorias e do salário mínimo. De acordo com a proposta que tramita em Brasília, o reajuste para todos os benefícios seria feito com base na inflação mais a variação total do PIB (Produto Interno Bruto).

O governo concorda com este índice apenas para os pagamentos equivalentes a um salário mínimo. Os valores superiores são reajustados apenas com a metade da variação do PIB. Este projeto está sendo debatido no congresso e a esperança é que seja aprovado em definitivo ainda este ano.

Senado aprova isenção do IR para aposentados com mais de 60 anos - Diário do Grande ABC

A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou nesta terça-feira um projeto que isenta aposentados com mais de 60 anos com rendimentos de até R$ 1.434,59 de pagar Imposto de Renda. Atualmente, o benefício se aplica a idosos acima dos 65 anos com aposentadoria da Previdência Social ou previdência complementar. Aqueles que recebem acima de R$ 1,4 mil pagarão IR sobre a quantia recebida a mais.

O projeto segue agora para a Câmara de Deputados, a menos que haja algum recurso para votação em plenário do Senado. O objetivo do projeto - de autoria do senador César Borges - é ajustar a legislação fiscal ao Estatuto do Idoso.

Para justificar sua iniciativa, Borges argumenta que a isenção parcial hoje prevista na legislação do IR tem por objetivo auxiliar o idoso nas necessidades da terceira idade. O relator, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), afirma que o projeto é meritório por eliminar dualidade injustificada nos parâmetros usados na definição de idoso.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Saúde dos idosos, gratuidade de medicamentos e planos de saúde

É importante ressaltar que o que Estatuto do Idoso proíbe é o reajuste do plano de saúde por mudança de faixa etária

O Estatuto do Idoso (Lei nº 10.747/03) entrou em vigor em outubro de 2003, com a finalidade de assegurar direitos fundamentais aos maiores de 60 (sessenta) anos, criou facilidades e melhores condições. O envelhecimento tornou-se, assim, um direito personalíssimo, ficando o Estado obrigado a efetivar políticas públicas que permitam envelhecimento saudável e com dignidade.

Inúmeros avanços foram trazidos por essa lei, dentre eles a determinação da gratuidade de medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.

A lei não exige que o idoso seja carente ou em estado de carência. Com efeito, referido estatuto não prevê requisitos subjetivos, não há necessidade de cadastramento ou habilitação, todos idosos têm o direito de receber medicamentos de forma gratuita, ressaltado que a gratuidade dos medicamentos é uma garantia à saúde, não um assistencialismo do governo.

Para que esse direito seja posto em prática, o poder público precisa criar mecanismos que efetivem a distribuição dos recursos destinados à Saúde, não deixando os medicamentos em local inacessível àqueles que deles necessitam. Nesse ponto, deve ser reconhecido, o governo, cumprindo em parte a sua obrigação, anualmente faz campanhas de vacinas de gripe aos idosos, embora só isso não seja suficiente.

Outra importante garantia trazida pelo Estatuto foi a vedação da discriminação ao idoso nos planos de saúde com a cobrança de valores diferenciados em razão da idade. Existe grande discussão acerca da aplicabilidade desta vedação aos contratos de planos de saúde efetuados antes da vigência do Estatuto do Idoso. No entanto, defendemos o entendimento de que a discriminação em razão da idade nos reajustes dos planos de saúde já era rechaçada pelo artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor e principalmente proibida pelo princípio da igualdade estampado no artigo 5º da Constituição Federal, sendo certo então que deve ser observada a vedação da prática abusiva a todos os contratos de plano de saúde, independentemente da data em que foi firmado.

Ademais o contrato de plano de saúde é de trato sucessivo, tem natureza continuada e quem celebra o faz por tempo indeterminado; vale dizer, quem firma um contrato desta natureza exerce direitos e obrigações sucessivamente, por tempo indeterminado. Desse modo, com o advento do Estatuto do Idoso, todos com mais de 60 anos passaram a ter como garantia a vedação de reajuste em razão da idade.

No entanto, esse não é o entendimento da ANS (Agencia Nacional da Saúde Suplementar) que defende que a proibição de aumento abrange apenas os contratos firmados depois de 1° de janeiro de 2004.

É importante ressaltar que o que Estatuto do Idoso proíbe é o reajuste do plano de saúde por mudança de faixa etária. O reajuste anual ou inflacionário, desde que previsto no contrato, é legítimo.

Ainda no que concerne à saúde do idoso, é assegurado pelo Estatuto o direito de acompanhante em período integral em caso de internação. Mas não basta o órgão de saúde apenas autorizar a permanência do acompanhante, deve proporcionar condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico. Caso não seja possível o acompanhamento ao idoso, o profissional de saúde responsável pelo tratamento deverá justificar por escrito a impossibilidade.

O Estado, como medida de prevenção e manutenção da saúde do idoso, deverá efetivar cadastro da população idosa, atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios, disponibilizar unidades geriátricas de referência e prestar atendimento domiciliar, incluindo internação, para a população que dele necessitar e esteja sem possibilidades de se locomover.

Só assim será cumprida a diretriz do artigo 230 da Constituição Federal, que assegura ao idoso o direito de ser amparado pela sociedade e pelo Estado, que têm o dever de defender sua dignidade, bem-estar e de lhe garantir o direito à vida.

O Estado e a sociedade devem, ainda, implementar medidas que tornem efetivas as garantias elencadas no Estatuto, como campanhas de valorização da família e de respeito aos mais velhos, a fortalecer a cultura de reconhecimento da importante colaboração que os mais velhos deram à sociedade, não podendo ser abandonados e esquecidos na velhice.

Fernanda Ferraz Themer, advogada militante na área cível, integrante da Comissão da Cidadania e Ação Social da 24ª Subsecção de Sorocaba, pós-graduada em direito civil e processual civil pela Universidade Católica Dom Bosco. (presidência@oabsorocaba.org.br)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Idosos são arquivos vivos da sociedade

“O idoso é um tesouro a ser descoberto”, define a psicóloga de Joinville Ana Cristina Colin Storrer. “A experiência de vida dele, seus conhecimentos e o resgate de valores e da própria história para os jovens é de grande valor.” A profissional também acredita que, se houvessem mais oportunidades tanto nos meios de comunicação como nos meios acadêmicos e sociais, o idoso poderia e deveria ser a ponte entre o passado e o presente, pois seu legado é imprescindível para compreendermos a atualidade.

“Desfrutar estes recursos das pessoas idosas como arquivo vivo da história os faria se sentirem valorizadas”, pensa Ana Cristina. “Sem falar que também ajudaria a resgatar no jovem o valor e o significado real da história da sociedade e da vida. A juventude que não conhece a história e não se interessa pelo passado se torna vazia, inexpressiva”, reflete.

Ela acredita que a sociedade moderna escolheu valorizar demais a tecnologia e pouquíssimo as relações humanas. Por consequência, alguns consideram o idoso como obsoleto, por não ter muitas vezes interesse ou vontade de se aperfeiçoar tecnologicamente. Mas não é bem por aí.

A psicóloga acredita que o idoso de hoje é mais arrojado, mais alegre e vaidoso, cuidadoso com saúde, atividade esportiva e lazer, viaja mais e usa mais os recursos financeiros para seu crescimento pessoal. “Vemos o idoso de hoje desejando produzir e sentir-se útil e participativo. Antigamente, uma pessoa com 40 anos já era considerada idosa, vestia-se e comportava como tal. Hoje, eu vejo que o idoso está moderno, atualizado e com o auxílio da medicina prolongou sua vida com qualidade”, diz. Ana Cristina acha que ainda vivemos o paradoxo de propiciar uma vida longa fisicamente, mas não existem oportunidades para o idoso moderno ser ativo e participativo social e psicologicamente.

Idosos devem redobrar o cuidado com a hidratação

Idosos devem redobrar o cuidado com a hidratação
Especialistas orientam a terceira idade a vencer a resistência e ingerir mais líquidos nesta época, quando as temperaturas estão mais altas e o organismo requer mais atenção
Divulgação
Ação: O idoso deve criar o hábito de tomar água, mesmo sem ter sede
MARIA REGINA ALMEIDA
Da reportagem local
Uma alimentação balanceada e muito líquido vão ajudar os idosos a atravessar este período de altas temperaturas. Os especialistas ensinam que as pessoas com mais de 60 anos devem ingerir mais líquidos e, assim, evitar a desidratação, comum nesta fase da vida. O tema é simples de ser tratado, porém é considerado sério na terceira idade, pela resistência deste grupo em mudar seus hábitos.

Fabiano Rocha, médico e professor de Geriatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, explica que durante o processo de envelhecimento existe perda progressiva da quantidade total de água no organismo, uma vez que os mecanismos que a retêm não funcionam tão bem quanto na juventude. "A esse fato estão associados alguns fenômenos interessantes. A pessoa não percebe, por exemplo, que está com sede e não toma água, quando deveria tomá-la mesmo não sentindo sede".
Segundo ele, a situação é mais complicada em cidades de calor intenso e para quem toma diuréticos para controle de doenças cardiovasculares. O especialista faz um alerta: "A possibilidade de a desidratação evoluir para insuficiência renal é agravada pelo uso de certas medicações, como os anti-inflamatórios não hormonais que invariavelmente são prescritos nos casos de dores e artroses. Desidratação é um problema sério para as pessoas idosas. Internadas com quadro grave de desidratação e insuficiência renal, muitas vezes, elas acabam indo a óbito", diz o médico.

Em Santos, na semana retrasada, 32 idosos morreram em dois dias devido ao calor. Eles tinham doenças como diabetes, problemas renais e pressão alta. Para Fabiano Rocha, alguns agravantes contribuem para o quadro de morte, apesar de existir um tratamento simples e barato. "Se não houvesse o abuso de anti-inflamatórios e a pessoa fosse orientada para hidratar-se de forma adequada, essa possibilidade seria mais rara. Infelizmente, hoje em dia, a desidratação é bastante frequente".

Reposição
O médico-geriatra Luciano Raposo Quintas, de Mogi das Cruzes, explica que, com o passar do tempo, o ser humano tem uma desidratação natural e, na terceira idade, essa situação se acentua. "A única forma de repor o líquido que o organismo perde no decorrer da vida é tomando água", orienta.
Segundo ele, o sistema termorregulador do idoso é diferente do de um jovem: "Isso explica o porquê da pessoa idosa sentir mais frio em relação às outras faixas etárias. Aliado a este fator, os idosos não sentem sede, o que dificulta a ingestão de água". Para o especialista, mesmo nestas condições, a água deve ser ingerida. "Tomar sucos e comer frutas, como melancia, abacaxi e laranja, são alternativas recomendadas".

Em seu consultório, o médico diz que se depara constantemente com idosos que resistem em mudar seus hábitos em relação à água e passam a sofrer as consequências. "A falta de líquidos no organismo prejudica o funcionamento do rim, além de deixar a pele ressecada, deixando-a vulnerável às doenças, como micoses e eczemas, dentre outras". Ele recomenda que, por dia, o idoso deve beber entre 1 litro a 1,5 litro de líquido, em qualquer época do ano.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Qualidade de vida da pessoa idosa

Ir. Naim Bezerra Guedes, F.D.C. [ Coordenador da Pastoral da Pessoa Idosa ]

O Brasil está cada vez mais velho. Daqui a 20 anos a pirâmide da faixa etária brasileira vai virar de cabeça para baixo. O número de idosos com mais de 80 anos crescerá 6% ao ano (hoje aumenta 4% ao ano), enquanto haverá queda da fecundidade e a população total começará a diminuir. Neste ano de 2010 começará a decrescer a faixa entre 15 e 29 anos (dados do IPEA).

O número de idosos no Brasil (21 milhões) já supera o de crianças (19,4 milhões). O Rio de Janeiro é o Estado com o maior índice de pessoas com mais de 60 anos (14,9%). No Rio Grande do Norte, 10% da população já é de idosos.

Identificar as virtudes da idade madura é um desafio e vivê-la de maneira positiva é uma questão existencial que se propõe a um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo, uma vez que o envelhecimento populacional está se generalizando. Descobrir as condições que permitem envelhecer bem, com boa qualidade de vida e senso pessoal de bem estar, é tarefa multidisciplinar.

A promoção da boa qualidade de vida na idade madura excede, entretanto, os limites da responsabilidade pessoal e deve ser vista como um empreendimento de caráter sociocultural. Ou seja, uma velhice satisfatória não é atributo do individuo biológico, psicológico ou social, mas resulta da qualidade da interação entre pessoas em mudança, vivendo numa sociedade em mudanças (Featherman, Smith e Peterson).

Predomina o ponto de vista de que envelhecer bem depende do equilíbrio entre as limitações e as potencialidades da pessoa, o que lhe possibilitará lidar, em diferentes graus de eficácia, com as perdas inevitáveis do envelhecimento.

Ter uma boa velhice, seja lá o que isto signifique, não é atributo ou responsabilidade pessoal. Depende, sim, da interação entre o indivíduo e o seu contexto, ambos em constante transformação.

Alguns fatores que interferem na qualidade de vida da Pessoa Idosa: A saúde biológica é um dos mais poderosos indicadores do bem estar na velhice, bem como a maneira pela qual as pessoas lidam com os problemas de saúde. A satisfação com a família. A interação dentro da família, atividades desempenhadas fora dela e satisfação na vida. A situação econômica e psicológica oferece suporte material para o bem estar subjetivo. Este, por sua vez, influencia os modos de lidar com os diferentes graus de qualidade da habitação, com a vizinhança, com a independência econômica e com as expectativas relativas à estabilidade financeira. Descobrir significado para a vida é crucial para os idosos, uma vez que, com a idade, aumenta a probabilidade de experimentação de perdas e eventos incontroláveis. O grau de compromisso do idoso com relações, valores, ideais e tradições significativas que pode ser traduzido em busca de atividades prazerosas, causas sociais e relações de ajuda. A religiosidade também tem sido considerada como fonte potencial de significado pessoal de bem estar espiritual de aceitação da morte, do encontro de um sentido de transcendência para a vida e da satisfação com a vida (Blazer e Palmore).

É preciso saber envelhecer com sabedoria. E os antigos, como Aristóteles, já nos prescreveram a receita: amizades, exercícios físicos, alimentação saudável e o cultivo da espiritualidade.

“É preciso aprender com o vinho a envelhecer sem virar vinagre”(Dom Helder Câmara).

Oito em dez pessoas que cuidam de idosos sofrem de estresse

Aproximadamente 80% das pessoas que cuidam de um familiar idoso sofrem de ansiedade ou estresse, segundo recente pesquisa da Universidade de Granada, na Espanha. O estudo foi realizado com 203 pessoas cuidadoras informais de uma pessoa idosa dependente, e confirmou os riscos de problemas de saúde mental para essas pessoas, particularmente para as filhas de idosos, que frequentemente cumprem esse papel.

De acordo com os autores, as variáveis cognitivas (pensamentos e avaliações) do cuidador têm uma influência decisiva sobre como os cuidadores e as pessoas que recebem esses cuidados se relacionam tanto em relação ao apoio familiar quanto ao suporte institucional. E as variáveis culturais – como os padrões de educação dos pais e o estilo da educação recebida – teriam implicações consideráveis para os cuidadores.

“Efeitos do estresse e da ansiedade são conhecidos por afetar o cuidador informal, mas acreditamos que essas varáveis são insuficientes para explicar a variabilidade que ocorre no comportamento do cuidador em sua relação com aqueles que recebem os cuidados”, concluíram os autores. “O cuidado altamente estressante pode ser crônico e inclui muitos estressores difíceis e incontroláveis, como o fato de testemunhar o sofrimento do amado, de ter de controlar o comportamento estressante, problemas financeiros, isolamento social e desempenhar tarefas de cuidados pessoais que demandam fisicamente e psicologicamente”, ressaltaram especialistas da Universidade do Sul da Flórida, nos EUA, em outro estudo recente sobre o assunto.

Sancionada lei que cria o Fundo Nacional do Idoso

Depois de cinco anos de tramitação no Congresso Nacional, foi sancionada nesta quarta-feira, 20, pelo presidente Lula a lei de autoria do deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) que cria o Fundo Nacional do Idoso. O parlamentar se disse feliz com a sanção desta que será uma ferramenta eficaz para implementar políticas para idosos de todo o País. “Agora teremos meios para arrecadar recursos para as políticas necessárias a esta importante parcela da população brasileira”, comemorou.
Beto explica que o grande eixo desta lei é permitir que empresas e cidadãos possam contribuir financeiramente com programas, casas e abrigos que cuidam de idosos. O parlamentar lembra que hoje no Brasil há um grande contingente de idosos desamparados e esquecidos pelas famílias que são colocados nessas instituições que, muitas vezes, não têm recursos suficientes para atendê-los. “Com a lei, essas casas de assistência terão apoio por meio do voluntariado das pessoas. Estou animado porque a lei é de cunho social e representa apoio a pessoas que infelizmente tendem a ser abandonadas pela sociedade”, destaca.
A lei prevê que toda a doação feita a entidades reconhecidas pelos conselhos, inclusive estaduais e municipais, seja abatida do Imposto de Renda em até 1%, a exemplo do que já ocorre com os fundos da criança e do adolescente. “A lei não aumenta a renúncia fiscal já existente, apenas dá uma abrangência maior às possibilidades de doação”, explica.

Uma boa reflexão sobre cuidar de idosos

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Chico Xavier

Amigos,

Ja está no ar o trailler do filme sobre a história do Chico Xavier.
Independente das questões religiosas, pois a entidade é uma organização ecumênica, não podemos deixar de registrar que este personagem brasileiro foi um defensor na prática de que o verdadeiro amor não exige reciprocidade.

Chico Xavier, o filme

Valorização do Idoso

Pessoal,
Esta é a uma campanha de valorização do Idoso que o Governo de Minas Gerais está patrocinando.
Inicio do ano é um ótimo momento para refletirmos qual a nossa real participação na sociedade.