terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Idosos são arquivos vivos da sociedade

“O idoso é um tesouro a ser descoberto”, define a psicóloga de Joinville Ana Cristina Colin Storrer. “A experiência de vida dele, seus conhecimentos e o resgate de valores e da própria história para os jovens é de grande valor.” A profissional também acredita que, se houvessem mais oportunidades tanto nos meios de comunicação como nos meios acadêmicos e sociais, o idoso poderia e deveria ser a ponte entre o passado e o presente, pois seu legado é imprescindível para compreendermos a atualidade.

“Desfrutar estes recursos das pessoas idosas como arquivo vivo da história os faria se sentirem valorizadas”, pensa Ana Cristina. “Sem falar que também ajudaria a resgatar no jovem o valor e o significado real da história da sociedade e da vida. A juventude que não conhece a história e não se interessa pelo passado se torna vazia, inexpressiva”, reflete.

Ela acredita que a sociedade moderna escolheu valorizar demais a tecnologia e pouquíssimo as relações humanas. Por consequência, alguns consideram o idoso como obsoleto, por não ter muitas vezes interesse ou vontade de se aperfeiçoar tecnologicamente. Mas não é bem por aí.

A psicóloga acredita que o idoso de hoje é mais arrojado, mais alegre e vaidoso, cuidadoso com saúde, atividade esportiva e lazer, viaja mais e usa mais os recursos financeiros para seu crescimento pessoal. “Vemos o idoso de hoje desejando produzir e sentir-se útil e participativo. Antigamente, uma pessoa com 40 anos já era considerada idosa, vestia-se e comportava como tal. Hoje, eu vejo que o idoso está moderno, atualizado e com o auxílio da medicina prolongou sua vida com qualidade”, diz. Ana Cristina acha que ainda vivemos o paradoxo de propiciar uma vida longa fisicamente, mas não existem oportunidades para o idoso moderno ser ativo e participativo social e psicologicamente.

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